Foi percorrido um longo caminho até chegarmos às chamadas telefónicas instantâneas (não foi propriamente fácil 😅)! Felizmente a evolução tecnológica esteve a nosso favor e descomplicou um processo outrora demorado e cansativo.
Para te dar a sensação de estar em pleno século XIX, pedimos que te coloques na seguinte situação:
Vives no centro de Lisboa, cidade mais populosa do país, no final do século XIX e queres fazer uma chamada telefónica a um amigo teu que vive em Coimbra. Para efetuares a ligação pegas no telefone, giras a manivela e a chamada é encaminhada para uma central telefónica onde está um operador que entra em contacto contigo. *Fica à espera de ouvir uma pergunta semelhante a “com quem deseja falar e a sua localização?”*. Entretanto já se passaram uns minutos e o processo nem a meio vai!
De seguida, o operador da central localiza o nome que indicaste num quadro e, fazendo a ligação através de um quadro ao seu dispor, faz a ligação para a pessoa que pretendes contactar. Se tiveres sorte, o telefonema acontece sem nenhum percalço, mas caso algo corra mal, corres o risco de estar largos minutos com o telefone na mão sem conseguir cumprir o objetivo. Tudo muito simples! 🥲
Pois é, se esta descrição te fez suar não te preocupes, não terás que experienciar em primeira mão.
Desde então, uma autêntica revolução em todo este processo foi sendo progressivamente colocada em prática. O longo tempo de espera para realizar um telefonema e a falta de privacidade do mesmo deram, certamente, um mote para a forte aposta científica que se verificou ao longo dos anos.
A automatização das centrais era um passo importante a dar e, em 1889, Almon Brown Strowger criou um sistema eletromecânico que permitia que que o utilizador realizasse as suas chamadas sem a necessidade de um operador. Esta invenção foi o princípio daquilo que hoje entendemos por chamadas telefónicas. A invenção de Strowger foi desenvolvida e em 1910 os comutadores (chave que conduzem os circuitos elétricos) chegaram à Europa e por aqui ficaram até meados da década de 70 e em alguns países, perdurou mesmo por mais alguns anos (Em Portugal as primeiras centrais automáticas começaram a ser instaladas em 1930).
A era digital tardou mas acabou por chegar e é no final da década de 80 que toma conta das centrais telefónicas portuguesas. A inovação dos circuitos integrados permitiram a incorporação de componentes eletrônicos que, com a aplicação de softwares específicos internos, tornou as operações mais simples e econômicas. Se hoje esta é uma tecnologia eficiente e omnipresente, é a toda esta evolução que devemos a facilidade e simplicidade com que podemos comunicar uns com os outros!
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